quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

meu presente silencioso

Não era reconciliação, não era um pedido desesperado, volta-pra-mim-olha-eu-aqui (embora eu deva confessar que não acharia isso ruim). Era apenas uma lembrança, talvez um eu-ainda-penso-em-você. Foi na covardia que eu arranquei aquela flor entre as brechas do asfalto. Mas ela parecia tão solitária. Ela parecia comigo, acho. Por isso a deixei na sua mesa enquanto você foi religiosamente tomar o seu café das nove e quinze. Eu esperava um sorriso, um aceno talvez. Só não esperava seu olhar, voltando-se pra ele assim que viu a flor. Espero que ela murche logo. Adeus.

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